A Raiva como Força Criativa: Autora de Gachiakuta Revela a Essência da Personalidade de Rudo

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Rafael Neiva

10/26/20252 min ler

A autora do aclamado mangá Gachiakuta, Kei Urana, lançou luz sobre o motor criativo por trás de sua obra e a essência da personalidade de seu protagonista, Rudo. Em entrevistas recentes, a mangaká revelou que a raiva e a crítica social são as forças motrizes que moldaram o mundo distópico e o espírito indomável de Rudo, o garoto "descartado" que busca redenção.

A Raiva como Força Propulsora

Durante uma entrevista, Urana foi clara ao descrever sua fonte de inspiração:

💬 "Sinto que a raiva é minha maior força motriz para criar qualquer trabalho criativo," revelou Kei Urana. "O primeiro capítulo do mangá realmente expressou como eu me sentia naquele momento. Tinha muita raiva. Sinto como se estivesse desenhando e socando ao mesmo tempo."

Essa raiva reflete a temática central de Gachiakuta, ambientado em uma cidade flutuante onde os pobres vivem sob a sombra dos ricos, que simplesmente jogam seus dejetos no abismo, conhecido como "O Poço". É neste abismo de lixo e rejeição que Rudo, falsamente acusado de assassinato, é atirado e onde sua jornada começa.

Rudo: O Lixo que Encontra Valor

A personalidade de Rudo é um espelho perfeito da filosofia da criadora. Ele não é apenas um protagonista shonen com força física; ele carrega dor, fúria e uma intensa vontade de provar seu valor em um mundo que o tratou como lixo.

  • A Convicção como Poder: A verdadeira força da habilidade de Rudo, que o permite dar "vida" a objetos descartados (transformando lixo em armas chamadas Jinkis), está ligada diretamente à sua convicção e à sua crença de que tudo, mesmo o lixo, tem um valor inerente.

  • Crítica Social no Núcleo: Rudo, ao reutilizar e dar significado ao rejeitado, representa uma poderosa crítica social ao estilo de vida de "descarte" da sociedade, valorizando o que ninguém mais acredita. Ele é a personificação da ideia de que o descartado pode ser poderoso.

  • Protagonista de Ação e Identidade: Condenado e jogado no Poço, a fúria de Rudo serve de combustível para sua busca por justiça e para enfrentar um sistema podre. A personalidade do personagem é o que o diferencia: ele se torna um lutador versátil não apenas por técnica, mas pela capacidade de infundir sua intenção e emoção nos objetos que utiliza.

A jornada de Rudo é, portanto, a manifestação da própria frustração criativa de Urana, canalizando sentimentos complexos em uma narrativa intensa que tem cativado fãs de mangá e anime, especialmente após a estreia da adaptação pelo estúdio Bones em julho de 2025