Disney gera polêmica com live-action de Branca de Neve
Críticas apontam exclusão, revisionismo forçado e incoerências narrativas
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Rafael Neiva
3/27/20252 min ler


O novo live-action de "Branca de Neve" da Disney, lançado em 2025, tem sido alvo de intensas críticas nas redes sociais e na imprensa especializada, levantando debates sobre representatividade, fidelidade ao material original e coerência narrativa.
Principais polêmicas:
Exclusão de atores com nanismo:
A decisão de não escalar atores com nanismo para os papéis dos Sete Anões gerou revolta. Peter Dinklage, ator de "Game of Thrones", criticou abertamente: "É uma oportunidade perdida de representação genuína. Em vez de corrigir estereótipos, simplesmente apagaram nossa comunidade da narrativa".
Politização excessiva:
O filme tem sido acusado de repudiar a animação original de 1937. O Espelho Mágico, por exemplo, não exalta a beleza física de Branca de Neve (Rachel Zegler), mas contrasta a "beleza superficial" da Rainha Má (Gal Gadot) com a "beleza interior" da protagonista - interpretado por muitos como uma crítica velada à importância da aparência no conto original.
Controvérsia no casting:
A escolha da atriz latina Rachel Zegler para viver Branca de Neve, cujo nome está intrinsicamente ligado à descrição física "pele branca como a neve", levantou debates sobre coerência narrativa versus demandas por diversidade.
Problemas na construção narrativa:
O roteiro tem sido especialmente criticado por:
Inversão problemática da dinâmica com os anões: Enquanto no original Branca de Neve realizava tarefas domésticas em troca de abrigo, no remake ela chega à casa dos anões (trabalhadores mineradores exaustos) e imediatamente assume papel de liderança, ditando como devem organizar suas vidas.
Falta de humanização:
"Branca de Neve dorme de graça na casa de trabalhadores cansados e no dia seguinte começa a dar ordens, sem qualquer construção de relacionamento ou gratidão", aponta a crítica de cinema Ana Beatriz Almeida no portal "Cinema com Crítica".
Contradição na mensagem:
"O filme prega inclusão mas exclui atores com nanismo. Fala de empoderamento mas mostra a protagonista impondo autoridade sem conquistá-la", observa o jornalista cultural Marcos Ribeiro em seu podcast.
Reação da Disney:
O estúdio defende as escolhas como "uma atualização necessária para os tempos modernos", afirmando que busca evitar estereótipos prejudiciais. No entanto, a justificativa não tem convencido críticos e fãs.
Impacto:
As polêmicas têm gerado memes e discussões acaloradas nas redes sociais, com muitos espectadores questionando se a Disney está realmente promovendo inclusão ou apenas gerando controvérsias para marketing.
E você? O que acha dessa mudança na relação entre Branca de Neve e os anões?