Disney Sob Pressão: A Magia Se Apagou? (Enquanto Doramas Fascinam o Público)

e Branca de Neve a Ariel, a politização forçada está afastando o público. Enquanto isso, produções asiáticas mostram que romance e magia ainda vendem – sem discursos cansativos.

FILMES DO CINEMA

Rafael Neiva

3/28/20252 min ler

Nos últimos anos, os filmes da Disney têm gerado polêmicas cada vez mais acaloradas. O que antes era sinônimo de magia, contos de fadas e histórias universais, hoje divide opiniões por conta de uma politização explícita e, muitas vezes, forçada. Exemplos recentes, como Branca de Neve (com as declarações polêmicas da atriz Rachel Zegler sobre o conto original) e A Pequena Sereia (com o controverso debate em torno do elenco diversificado), mostram que o estúdio está mais preocupado em transmitir mensagens ideológicas do que em contar boas histórias.

A Politização e a Reação do Público

Muitos fãs reclamam que a Disney está priorizando agendas políticas em detrimento da narrativa. Em vez de adaptações fiéis ou reinvenções criativas, os filmes parecem seguir um checklist progressista: diversidade racial, desconstrução de arquétipos clássicos e críticas a elementos das histórias originais. O problema não está na representatividade em si, mas na forma como ela é inserida – muitas vezes de maneira artificial, como se o filme fosse um panfleto em vez de uma obra de entretenimento.

O resultado? Bilheterias abaixo do esperado e desinteresse do público. A Pequena Sereia (2023) não repetiu o sucesso do live-action de O Rei Leão ou Aladdin, e Branca de Neve já nasceu envolta em polêmicas antes mesmo de ser lançado. Enquanto isso, produções como Elemental (Pixar) também sofreram com críticas por roteiros previsíveis e mensagens óbvias.

O Sucesso dos Doramas e a Falta de Autenticidade da Disney

Enquanto a Disney enfrenta resistência, os doramas (dramas coreanos) e outras produções asiáticas crescem em popularidade. Por quê?

  1. Histórias Românticas e Emocionantes sem Forçamento Ideológico

    • Doramas como It’s Okay to Not Be Okay e Crash Landing on You conquistam o público com narrativas bem construídas, personagens profundos e romances cativantes – sem discursos moralizantes explícitos.

    • A Disney, que já foi referência em histórias de amor (como A Bela e a Fera e Tangled), hoje parece ter vergonha de contos românticos tradicionais, preferindo subverter expectativas a todo custo.

  2. Priorização no Entretenimento, Não no Sermão

    • A indústria do K-drama e do anime entende que o público busca escapismo e emoção genuína. Enquanto isso, a Disney insiste em lições de moral que muitas vezes soam artificiais.

  3. Originalidade vs. Reboots Cansativos

    • A Disney vive de remakes e sequências, enquanto produções asiáticas apostam em narrativas frescas. Até a Pixar, que já foi sinônimo de criatividade, hoje repete fórmulas (como em Lightyear e Red: Crescer é uma Fera).


O Que a Disney Precisa Fazer para se Reconectar?

  • Menos politicagem, mais storytelling: Representatividade é importante, mas deve surgir naturalmente, não como um discurso imposto.

  • Respeitar o material original: Reinventar é válido, mas desconstruir apenas por desconstruir afasta fãs clássicos.

  • Investir em histórias originais: Em vez de só relançar clássicos, a Disney deveria criar novos universos, como fez com Encanto.


Conclusão

A Disney está perdendo espaço porque esqueceu o que sempre a tornou especial: a capacidade de contar histórias universais, sem manipulação ideológica. Enquanto doramas e outras produções globais cativam o público com emoção e autenticidade, o estúdio precisa repensar sua estratégia – ou continuará perdendo relevância para quem ainda entende que, acima de tudo, cinema é sobre encantar.